Meu eleito,
que me preenche a alma e as entranhas,
que me desafia a loucas travessuras,
que me toca o coração,
com as mãos limpas do amor.
e se esconde em mim,
criança levada,
nos dias e nas noites de solidão.
Então me ergo,
musa dos seus vícios,
ópio de sua doença,
e derramo toda a minha paixão,
sob as lágrimas de espera,
para criar esse rio de deleite,
a seiva proibida,
que só os amantes proibidos,
escolhidos através do tempo,
podem entender.
E ele me acompanha,
conduz até sua alcova,
fecha a porta gentilmente,
e abre,arreganha,escancara,
um mundo de agonias,
doces torturas,
que me fazem livre,
mulher inteira.
Lilian Maial